Pilates e Ciclismo
Connie Fazekas é instrutora e proprietária do Centro de Pilates Hunterdon, em Clinton (New Jersey – EUA).
Três anos atrás, Ken Olshansky, então um ciclista de 61 anos, foi encaminhado pra seu centro para melhorar o desempenho ciclístico através do Pilates.
Leia o artigo!
Connie: Um ciclista com prática regular corre 20 a 50 milhas de três a quatro vezes por semana. Treinar um atleta requer, inicialmente, uma avaliação atenciosa de seus desequilíbrios. Quando Ken iniciou em nosso centro de Pilates, aparentava ter um corpo proporcional, forte e muito atlético. Estava com um bom condicionamento e sem dor ou queixa particular.
Seus objetivos eram tornar-se mais relaxado quando estivesse na bicicleta e isolar grupos musculares específicos para aprimorar o ciclismo. O Método Pilates pode acessar a musculatura profunda para melhorar sua performance. Entretanto, fazer Ken imaginar as conexões do Pilates não foi tão fácil!
Ken possui braços e pernas bem desenvolvidos, o que pode dar a impressão de grande força. No entanto, após interagir com Ken, descobrimos fraqueza abdominal, encurtamento da musculatura posterior da coxa, problemas no posicionamento cervical e escapular e uma desconexão de caixa torácica.
O programa de exercícios teve que ser desafiador durante todo o tempo para manter seu interesse. Enfocamos nos movimentos de Pilates para ganhar flexibilidade e eficiência abdominal. Além disso, foram utilizadas estratégias para estabilizar as escápulas usando fibras de músculos da parte superior do tronco. Isto também auxiliou a manter os ombros longes das orelhas e o pescoço alongado.
O programa de exercícios teve que ser desafiador durante todo o tempo para manter seu interesse. Enfocamos nos movimentos de Pilates para ganhar flexibilidade e eficiência abdominal. Além disso, foram utilizadas estratégias para estabilizar as escápulas usando fibras de músculos da parte superior do tronco. Isto também auxiliou a manter os ombros longes das orelhas e o pescoço alongado.
Ken:
Um problema específico para mim era a tensão da parte superior das costas, ombros, braços e mãos. Essa tensão, além de causar fadiga, impede longos percursos e produz formigamentos nas mãos. A maioria dos ciclistas é desatenta a este fato, que pode limitar a respiração eficiente. Obter controle dos músculos superiores das costas e ter força eficiente nos abdominais diminui o esforço de mãos, braços e ombros no suporte do peso do ciclista. Com essa combinação, eu estava apto a eliminar a maioria dos meus problemas na porção superior de meu corpo.
Um problema específico para mim era a tensão da parte superior das costas, ombros, braços e mãos. Essa tensão, além de causar fadiga, impede longos percursos e produz formigamentos nas mãos. A maioria dos ciclistas é desatenta a este fato, que pode limitar a respiração eficiente. Obter controle dos músculos superiores das costas e ter força eficiente nos abdominais diminui o esforço de mãos, braços e ombros no suporte do peso do ciclista. Com essa combinação, eu estava apto a eliminar a maioria dos meus problemas na porção superior de meu corpo.
Connie :
A posição neutra da pelve, utilizada no Pilates, requer um equilíbrio entre abdominais e músculos posteriores (paravertebrais). Ken pôde perceber esta conexão com exercícios como Hundreds e Double Leg Stretch. Ele finalmente pôde perceber a utilização do músculo transverso abdominal e, com sua progressão nos exercícios de Pilates, entendeu que as camadas profundas deste músculo atuam como uma cinta natural para dar suporte e proteção contra encurtamentos e movimentos excessivos da coluna lombar”.
A posição neutra da pelve, utilizada no Pilates, requer um equilíbrio entre abdominais e músculos posteriores (paravertebrais). Ken pôde perceber esta conexão com exercícios como Hundreds e Double Leg Stretch. Ele finalmente pôde perceber a utilização do músculo transverso abdominal e, com sua progressão nos exercícios de Pilates, entendeu que as camadas profundas deste músculo atuam como uma cinta natural para dar suporte e proteção contra encurtamentos e movimentos excessivos da coluna lombar”.
O maior desafio de treinar atletas é que, normalmente, eles possuem um forte modelo de “no pain, no gain”, ou seja, estão habituados a movimentos que envolvem grande força e dor. Nós trabalhamos com Ken de forma a despertar sua percepção de força corporal não através de grandes músculos superficiais, mas sim de conexões musculares profundas. Este treino possibilitou um aumento na flexibilidade e na força abdominal, além dos resultados que ele procurava. Agora Ken tem 64 anos e inicia seu treinamento avançado de Pilates.
Ken:
Fazendo um retrospecto, levou um ano para eu perceber quais grupos musculares os movimentos de Pilates pretendem desenvolver. Na medida que estas conexões iniciaram-se e tornam-se cada vez mais fortes, pude alterar completamente minha postura e minha maneira de usar o corpo sobre a bicicleta. Isto pode ser percebido por treinadores e companheiros de pedal que comentam o visível efeito do Pilates nas minhas habilidades no ciclismo.
Fazendo um retrospecto, levou um ano para eu perceber quais grupos musculares os movimentos de Pilates pretendem desenvolver. Na medida que estas conexões iniciaram-se e tornam-se cada vez mais fortes, pude alterar completamente minha postura e minha maneira de usar o corpo sobre a bicicleta. Isto pode ser percebido por treinadores e companheiros de pedal que comentam o visível efeito do Pilates nas minhas habilidades no ciclismo.
* Texto publicado em “The Pilates Fórum tm ” Edição de inverno do Intituto PhysicalMind NY.
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